6- Migrações
Viajamos para trabalhar, para estudar, para visitar parentes, realizar negócios ou simplesmente para passear ou fazer turismo. Viajamos para alcançar outra região,

Muitas vezes, os contatos e as informações decorrentes das viagens podem ser importantes para motivar a decisão, individual ou coletiva, de mudança. Neste caso, ocorre o ato de migrar. Assim, não é a viagem que caracteriza a migração, mas a fixação de residência em outro lugar.
Os homens primitivos migravam em busca de alimentos e de abrigo. Deslocavam-se acompanhando o curso das águas e o movimento da caça. Depois, começaram a plantar e a criar animais. Por isso, alguns grupos foram se fixando. A sedentarização ocorreu desde 10.000 a.C., no período mesolítico, rompendo com o nomadismo dos povos coletores e caçadores. Mas estes homens não deixaram de se movimentar à procura de novas áreas para seu rebanhos ou de solos mais férteis para plantar.
Não apenas os homens primitivos foram migrantes. Ao longo da historia, os grupos humanos sempre tiveram a propensão de acreditar que adiante haveria algo melhor. Portanto, migrou-se para fugir de situações de crise de diversos tipos: da miséria, de perseguições religiosas, políticas, étnicas. Migrou-se, também, para buscar conhecimento, riquezas ou aventuras.
(extraído de Imigrantes no Brasil: colonos e povoadores)
Conceitos
- Migração: movimento de pessoas, grupos ou povos de um lugar para outro. Se optarmos por uma definição de dicionário, verificaremos que migrar é mudar, passar de uma região a outra, de um país para outro.A migração é um fenômeno antigo e que se repete, com variada freqüência e intensidade, ao longo da história. Os grandes movimentos migratórios ocorridos em outras épocas tiveram sua causa nas invasões, conquistas, êxodos, mudanças sazonais, fome, superpopulação de determinadas regiões, entre outras.
- Imigração: movimento de pessoas ou de grupos humanos, provenientes de outras áreas, que entram em determinado país, com o intuito de permanecer definitivamente ou por período de tempo relativamente longo. Literalmente, imigrar significa entrar num país estrangeiro para nele se instalar.
- Emigração: movimento de saída de pessoas ou grupos humanos de uma região, de um país, para estabelecer-se em outro, em caráter definitivo ou por período de tempo relativamente longo. Emigrar significa, pois, deixar um país para ir estabelecer-se em outro.
Fluxo migratório
Quando se estuda os processos de migração observa-se sempre a saída de algum lugar, região, país e a chegada e instalação em outro local. Há diferenciados tipos de movimentos populacionais: os voluntários: quando o movimento é livre; o forçado: como nos casos de escravidão e perseguições religiosas, étnicas ou políticas; e o controlado: quando o estado controla numericamente ou ideologicamente a entrada ou saída de migrantes.
Qualquer deslocamento populacional traz conseqüências demográficas (o numero de habitantes aumenta nas áreas de atração e diminui nas áreas de repulsão) e culturais (língua, religião, culinária, arquitetura, artes, costumes gerais).
Causas para emigração
REPULSIVOS
- Perseguições religiosas, políticas, étnicas;
- Desempregos;
- Crises econômicas;
- Miséria;
- Desigualdade social
- Serviços públicos deficitários (segurança, educação, saúde, etc.)
ATRATIVOS
- Oportunidade de trabalho
- Estrutura pública eficiente
- Possibilidade de formação de poupança em moeda forte
- Redes de apoio
- Liberdade religiosa
Conseqüências da imigração
- Aumento demográfico
- Movimentos xenofóbicos ( Xenofobia = sentimento de aversão a estrangeiros )
- Desenraizamento do imigrante
- Exploração da mão de obra ilegal
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POLÍCIA ESPANHOLA DESARTICULA REDE DE EXPLORAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA BRASILEIRA
Oviedo (Espanha), 3 ago (EFE).- A Polícia Nacional espanhola desarticulou em Astúrias, no norte da Espanha, uma rede de imigração ilegal dedicada à introdução e exploração da mão-de-obra de estrangeiros, principalmente brasileiros, no setor da construção através de entidades mercantis que operavam na Espanha e em Portugal.
Fontes policiais informaram hoje que estas sociedades tinham conseguido falsificar documentos e facilitar a entrada aos imigrantes, além de seu posterior emprego em empresas da construção.
Em Astúrias, um casal formado por um cidadão espanhol e uma cidadã brasileira tinha constituído duas sociedades mercantis, a primeira delas na Espanha e a segunda em Portugal, para realizar trabalhos e atividades relacionadas à construção.
A rede captava cidadãos brasileiros em seu país de origem sob a falsa promessa de um emprego digno e legal na Espanha, após pagaram uma alta quantia.
Estes operários não tinham vistos de residência e de trabalho na Espanha ou em Portugal e, uma vez em solo espanhol, eram desviados para trabalhar em diferentes obras de construção nas Astúrias, através de diferentes subcontratos, um deles com uma grande empresa da construção da região.
A operação policial terminou com a detenção de E.G.P., de 41 anos e nascido em Mieres (nas Astúrias), e C.C.D.S., de 32 anos e nascida no Brasil, que ficaram em liberdade com acusações. EFE
Fonte: G1 - 03/08/2007
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Migração de cérebros
A fuga de cérebros (“brain drain”) é um tipo específico de movimento migratório, é a emigração de
pessoas altamente qualificadas, que saem de seus países, principalmente em desenvolvimento, indo assim, para países desenvolvidos.
Ocorre em virtude de diferenças econômicas e sociais entre as localidades fornecedoras e receptoras de pessoas, tal qual diferentes níveis salariais, de maneira semelhante a outros processos migratórios.
O caso da Índia
A Índia é talvez o exemplo automático de um país com grande participação na emigração de cérebros. O estudo, no entanto, faz uma ponderação interessante sobre o país. A quantidade de indianos qualificados vivendo na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é grande em escala --1 milhão--, mas pequena se comparada ao estoque de pessoas nascidas na Índia que possuem diploma universitário. Desse montante total, apenas 4,3% estão no exterior, o que inclui a nação asiática na lista dos países com mais baixas taxas de emigração. Ou seja, a Índia (como também o Brasil, que possui taxa de emigração de apenas 2,2% nesse estrato) ainda consegue manter no país mais de 90% de seus trabalhadores qualificados. É claro que o estudo é incapaz de medir o impacto qualitativo dessa migração. Supõe-se que, dentre os que têm diploma superior em um país como a Índia, haja uma preferência das nações ricas de importar os mais geniais.
O principal destino dessas pessoas era os Estados Unidos – entre outubro de 1999 e fevereiro de 2000, o Serviço de Imigração e Naturalização dos EUA registrou a entrada de 34 mil indianos.
MIGRAÇÕES NO BRASIL
No Brasil, os movimentos migratórios sempre foram muito intensos, as primeiras migrações podem ser consideradas as feitas pelos europeus, e negros africanos que foram forçados a virem para cá. De lá para os dias de hoje tivemos muitas migrações de importância fundamental para o país, como exemplo a dos migrantes italianos no século XlX, assim como de espanhóis, eslavos, japoneses, árabes, portugueses, dentre outros.
O fundamental nesse processo, além da contribuição dada ao país por esses cidadãos, é o fato do enriquecimento cultural, com a grande variação étnico-cultural com a qual o país passou a conviver. Mas, em alguns casos, formaram-se os chamados "quistos culturais", ou seja, comunidades que preservam seus hábitos costumes e língua, sem se integrarem de forma plena a cultura nacional.
Até meados do século XX, o Brasil era um país típico de imigração, a partir da 2ª Guerra Mundial, passa a haver uma inversão nos fluxos, de imigratório o país torna-se de emigração. Hoje são milhões os brasileiros que vivem fora, principalmente em países como os EUA, Japão, Paraguai, etc. Os principais motivos que contribuem com isso são de ordem sócio econômica, ou seja, a imensa maioria dos brasileiros que daqui saem vão em busca de melhores condições de vida, emprego, salários, etc.; acontece que na maioria das vezes não são bem recebidos onde chegam, e passam a ocupar em geral os postos de trabalho relegados pelas populações dos países para onde imigraram.
As migrações internas também sempre foram muito intensas, como exemplo a de habitantes do Nordeste que migraram em massa para o Centro-sul do Brasil com o declínio da cana de açúcar e o desenvolvimento da mineração, ou a de nordestinos que migraram para a Amazônia no chamado "Boom da borracha" no final do século XlX.
Com a industrialização nas décadas de 60 e 70, passamos a viver de forma mais intensa migrações internas no território nacional, como a de nordestinos em direção das grandes metrópoles brasileiras, Rio e S. Paulo, e o intenso êxodo rural, que fez o Brasil se tornar um país predominantemente urbano em um espaço de menos de 30 anos.
Na década de 70 os fluxos migratórios se direcionaram para a Amazônia, fruto da política de ocupação do território nacional imposta pelos militares, chamada "integrar para não entregar".
Atualmente, as antigas metrópoles industriais não são mais os locais preferidos por migrantes, por conta do processo de desconcentração industrial, novas áreas do país passam a ser pólo de atração desses cidadãos, como o interior de S. Paulo, do Paraná, etc. As migrações continuam a ser muito comuns no Brasil, tanto do campo para a cidade, assim como as urbano-urbano.
São comuns também nas grandes metrópoles brasileiras, as migrações pendulares, assim como a migração sazonal em regiões como o Nordeste.
Períodos das migrações:
1º período (1806/1850)
- Pequeno fluxo migratório
- causas: Revoltas regenciais (repulsivos), revoluções do século XIX na Europa.
2º período (1850/ 1930-50)
- Grande fluxo imigratório
- Causas: Estímulos do governo brasileiro (atrativo), guerras e unificações Européias.
3º período
- Grande fluxo emigratório
- Causas: Crises econômicas prolongadas no Brasil (repulsivo), busca por melhor qualidade de vida (atrativo).
Migrações internas
1º período (1880-1912)
- Ciclo da borracha ( região norte um grande pólo atrativos )
- Grande deslocamento da população nordestina
2º período (1950/60)
- Região sudeste (processo de indutrialização)
- Região centro-oeste - Brasília (JK – Construção de Brasília )
3º período (60/70)
- Região sudeste ( milagre econômico )
- Região centro-oeste e norte ( PIN – Programa de integração nacional realizado durante o governo militar, colonização dirigida buscando o povoamento e a integração dessas regiões )
4º período (80)
- Década perdida
- Região centro-oeste e norte com a expansão da fronteira agrícola.
5º período (90)
- Pequenas e médias cidades ( processo de Desmetropolização )
ALGUNS TIPOS DE MIGRAÇÕES INTERNAS
A fuga de cérebros (“brain drain”) é um tipo específico de movimento migratório, é a emigração de
pessoas altamente qualificadas, que saem de seus países, principalmente em desenvolvimento, indo assim, para países desenvolvidos.
Ocorre em virtude de diferenças econômicas e sociais entre as localidades fornecedoras e receptoras de pessoas, tal qual diferentes níveis salariais, de maneira semelhante a outros processos migratórios.
O caso da Índia
A Índia é talvez o exemplo automático de um país com grande participação na emigração de cérebros. O estudo, no entanto, faz uma ponderação interessante sobre o país. A quantidade de indianos qualificados vivendo na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é grande em escala --1 milhão--, mas pequena se comparada ao estoque de pessoas nascidas na Índia que possuem diploma universitário. Desse montante total, apenas 4,3% estão no exterior, o que inclui a nação asiática na lista dos países com mais baixas taxas de emigração. Ou seja, a Índia (como também o Brasil, que possui taxa de emigração de apenas 2,2% nesse estrato) ainda consegue manter no país mais de 90% de seus trabalhadores qualificados. É claro que o estudo é incapaz de medir o impacto qualitativo dessa migração. Supõe-se que, dentre os que têm diploma superior em um país como a Índia, haja uma preferência das nações ricas de importar os mais geniais.
O principal destino dessas pessoas era os Estados Unidos – entre outubro de 1999 e fevereiro de 2000, o Serviço de Imigração e Naturalização dos EUA registrou a entrada de 34 mil indianos.
MIGRAÇÕES NO BRASIL
No Brasil, os movimentos migratórios sempre foram muito intensos, as primeiras migrações podem ser consideradas as feitas pelos europeus, e negros africanos que foram forçados a virem para cá. De lá para os dias de hoje tivemos muitas migrações de importância fundamental para o país, como exemplo a dos migrantes italianos no século XlX, assim como de espanhóis, eslavos, japoneses, árabes, portugueses, dentre outros.
O fundamental nesse processo, além da contribuição dada ao país por esses cidadãos, é o fato do enriquecimento cultural, com a grande variação étnico-cultural com a qual o país passou a conviver. Mas, em alguns casos, formaram-se os chamados "quistos culturais", ou seja, comunidades que preservam seus hábitos costumes e língua, sem se integrarem de forma plena a cultura nacional.
Até meados do século XX, o Brasil era um país típico de imigração, a partir da 2ª Guerra Mundial, passa a haver uma inversão nos fluxos, de imigratório o país torna-se de emigração. Hoje são milhões os brasileiros que vivem fora, principalmente em países como os EUA, Japão, Paraguai, etc. Os principais motivos que contribuem com isso são de ordem sócio econômica, ou seja, a imensa maioria dos brasileiros que daqui saem vão em busca de melhores condições de vida, emprego, salários, etc.; acontece que na maioria das vezes não são bem recebidos onde chegam, e passam a ocupar em geral os postos de trabalho relegados pelas populações dos países para onde imigraram.
As migrações internas também sempre foram muito intensas, como exemplo a de habitantes do Nordeste que migraram em massa para o Centro-sul do Brasil com o declínio da cana de açúcar e o desenvolvimento da mineração, ou a de nordestinos que migraram para a Amazônia no chamado "Boom da borracha" no final do século XlX.
Com a industrialização nas décadas de 60 e 70, passamos a viver de forma mais intensa migrações internas no território nacional, como a de nordestinos em direção das grandes metrópoles brasileiras, Rio e S. Paulo, e o intenso êxodo rural, que fez o Brasil se tornar um país predominantemente urbano em um espaço de menos de 30 anos.
Na década de 70 os fluxos migratórios se direcionaram para a Amazônia, fruto da política de ocupação do território nacional imposta pelos militares, chamada "integrar para não entregar".
Atualmente, as antigas metrópoles industriais não são mais os locais preferidos por migrantes, por conta do processo de desconcentração industrial, novas áreas do país passam a ser pólo de atração desses cidadãos, como o interior de S. Paulo, do Paraná, etc. As migrações continuam a ser muito comuns no Brasil, tanto do campo para a cidade, assim como as urbano-urbano.
São comuns também nas grandes metrópoles brasileiras, as migrações pendulares, assim como a migração sazonal em regiões como o Nordeste.
Períodos das migrações:
1º período (1806/1850)
- Pequeno fluxo migratório
- causas: Revoltas regenciais (repulsivos), revoluções do século XIX na Europa.
2º período (1850/ 1930-50)
- Grande fluxo imigratório
- Causas: Estímulos do governo brasileiro (atrativo), guerras e unificações Européias.
3º período
- Grande fluxo emigratório
- Causas: Crises econômicas prolongadas no Brasil (repulsivo), busca por melhor qualidade de vida (atrativo).
Migrações internas
1º período (1880-1912)
- Ciclo da borracha ( região norte um grande pólo atrativos )
- Grande deslocamento da população nordestina
2º período (1950/60)
- Região sudeste (processo de indutrialização)
- Região centro-oeste - Brasília (JK – Construção de Brasília )
3º período (60/70)
- Região sudeste ( milagre econômico )
- Região centro-oeste e norte ( PIN – Programa de integração nacional realizado durante o governo militar, colonização dirigida buscando o povoamento e a integração dessas regiões )
4º período (80)
- Década perdida
- Região centro-oeste e norte com a expansão da fronteira agrícola.
5º período (90)
- Pequenas e médias cidades ( processo de Desmetropolização )
ALGUNS TIPOS DE MIGRAÇÕES INTERNAS
Dentre as migrações internas temos os seguintes movimentos:
Êxodo rural: tipo de migração que se dá com a transferência de populações rurais para o espaço urbano. Esse tipo de migração em geral tende a ser definitivo. As principais causas dele são: a industrialização, a expansão do setor terciário e a mecanização da agricultura.
O êxodo rural está diretamente ligado ao processo de Urbanização.
Êxodo urbano: tipo de migração que se dá com a transferência de populações urbanas para o espaço rural. Hoje em dia é um tipo de migração muito incomum.
Migração urbano-urbano: tipo de migração, que se dá com a transferência de populações de uma cidade para outra. Tipo de migração muito comum nos dias atuais.
Migração sazonal: tipo de migração que se caracteriza por estar ligada as estações do ano. É uma migração temporária onde o migrante sai de um determinado local em um determinado período do ano, e posteriormente volta, em outro período do ano, é a chamada transumância. É o que acontece por exemplo com os sertanejos do Nordeste brasileiro.
Migração diária ou pendular: tipo de migração característico de grandes cidades, no qual milhões de trabalhadores saem todas as manhãs de sua casa em direção do seu trabalho, e retornam no final do dia. Os momentos de maior aglomeração de pessoas são chamados de rush Isso se dá em virtude da periferização dos trabalhadores que muitas vezes moram a vários quilômetros de distância de seu trabalho, em alguns casos até mesmo em outras cidades que passam a ser chamadas de cidades dormitório. Nesse tipo de migração está incluído o commuting, movimentação diária de pessoas que moram em um país e trabalham ou vão buscar serviços em outro, os chamados transfronteiriços ou commuters.
Brasileiros no Exterior
A população de brasileiros no exterior é estimada em 2 milhões de pessoas, correspondendo a mais de 1% dos que vivem no Brasil. O país que tem maior número de brasileiros são os Estados Unidos (cerca de 750 mil pessoas); depois o Paraguai (350 mil); o Japão (250 mil); Portugal (65 mil); Itália (65 mil); Suíça (45 mil); Reino Unido (30 mil). Cerca de outros 500 mil brasileiros estão espalhados pela Europa e por países em todos os continentes. (Fonte: Revisão 2004 da projeção da população brasileira, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Êxodo rural: tipo de migração que se dá com a transferência de populações rurais para o espaço urbano. Esse tipo de migração em geral tende a ser definitivo. As principais causas dele são: a industrialização, a expansão do setor terciário e a mecanização da agricultura.
O êxodo rural está diretamente ligado ao processo de Urbanização.
Êxodo urbano: tipo de migração que se dá com a transferência de populações urbanas para o espaço rural. Hoje em dia é um tipo de migração muito incomum.
Migração urbano-urbano: tipo de migração, que se dá com a transferência de populações de uma cidade para outra. Tipo de migração muito comum nos dias atuais.
Migração sazonal: tipo de migração que se caracteriza por estar ligada as estações do ano. É uma migração temporária onde o migrante sai de um determinado local em um determinado período do ano, e posteriormente volta, em outro período do ano, é a chamada transumância. É o que acontece por exemplo com os sertanejos do Nordeste brasileiro.
Migração diária ou pendular: tipo de migração característico de grandes cidades, no qual milhões de trabalhadores saem todas as manhãs de sua casa em direção do seu trabalho, e retornam no final do dia. Os momentos de maior aglomeração de pessoas são chamados de rush Isso se dá em virtude da periferização dos trabalhadores que muitas vezes moram a vários quilômetros de distância de seu trabalho, em alguns casos até mesmo em outras cidades que passam a ser chamadas de cidades dormitório. Nesse tipo de migração está incluído o commuting, movimentação diária de pessoas que moram em um país e trabalham ou vão buscar serviços em outro, os chamados transfronteiriços ou commuters.
Brasileiros no Exterior
A população de brasileiros no exterior é estimada em 2 milhões de pessoas, correspondendo a mais de 1% dos que vivem no Brasil. O país que tem maior número de brasileiros são os Estados Unidos (cerca de 750 mil pessoas); depois o Paraguai (350 mil); o Japão (250 mil); Portugal (65 mil); Itália (65 mil); Suíça (45 mil); Reino Unido (30 mil). Cerca de outros 500 mil brasileiros estão espalhados pela Europa e por países em todos os continentes. (Fonte: Revisão 2004 da projeção da população brasileira, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Paraguai.
A migração maciça para o Paraguai ocorreu principalmente entre 1975 e 1979: "As promessas de terras férteis e baratas no Paraguai e as mudanças ocorridas na agricultura brasileira, sobretudo com a implementação de uma política agrícola de modernização, que privilegiou a média e grande propriedade, provocando a desestruturação da pequena propriedade, explicam o êxodo de milhares de camponeses sem terra ou com pouca terra para o Paraguai."2 A maioria dos brasileiros que residem no Paraguai estão na condição de ilegalidade. Chamados de "brasiguaios", estão permanentemente sujeitos à perseguição policial e ao pagamento de inúmeras taxas para obter documentos de validade sempre provisória. No trabalho mencionado acima, em que a autora apresenta depoimentos de "brasiguaios" em um dos capítulos do livro, nota-se que o desejo de retorno ao Brasil está presente na maioria dos migrantes.
As dificuldades e a insegurança dos brasileiros que vivem no Paraguai continuam e geram freqüentemente novos fatos políticos. O atual governo do Paraguai impulsiona uma proposta de reforma agrária que teria como maiores prejudicados os colonos brasileiros, segundo noticiou recentemente a imprensa no Brasil.3 Segundo a matéria do Correio Braziliense, os brasiguaios (que representam 8% da população do Paraguai) detêm 1,3 milhões de hectares produtivos em território paraguaio, produzindo especialmente soja e carne.
As dificuldades e a insegurança dos brasileiros que vivem no Paraguai continuam e geram freqüentemente novos fatos políticos. O atual governo do Paraguai impulsiona uma proposta de reforma agrária que teria como maiores prejudicados os colonos brasileiros, segundo noticiou recentemente a imprensa no Brasil.3 Segundo a matéria do Correio Braziliense, os brasiguaios (que representam 8% da população do Paraguai) detêm 1,3 milhões de hectares produtivos em território paraguaio, produzindo especialmente soja e carne.
Estados Unidos
A permanência de brasileiros nos Estados Unidos como migrantes é um fenômeno recente, iniciado em meados da década de 1980, e "está apenas na primeira geração de imigrantes"4, a maioria dos quais em situação de ilegalidade, ocupando empregos que exigem menor qualificação técnica (limpeza doméstica, trabalhos em bares e restaurantes).
Inicialmente a migração de brasileiros para os Estados Unidos era vista como uma empreitada temporária com o objetivo de juntar dinheiro para investir no Brasil (em moradia ou em um negócio próprio). Na passagem da década de 1980 para a década de 1990, começou a ocorrer o retorno ao Brasil e a volta aos Estados Unidos já com outra percepção do objetivo da imigração, passando os brasileiros a planejar ficar no país de destino tendo em vista a falta de perspectivas de trabalho aqui. Segundo Salles, "vários sinais começam a apontar para essa redefinição da expectativa temporal do grupo imigrante brasileiro: arrefecimento das remessas para o Brasil; investimentos em compra de imóveis nos Estados Unidos; pagamento das taxas e impostos visando a diferentes passos no processo de legalização naquele país; solidificação dos laços familiares lá e planejamento do nascimento de filhos também lá, para fazer jus à legislação norte-americana baseada no jus solis, segundo o qual a nacionalidade norte-americana é automaticamente assegurada aos filhos de seu solo"
Inicialmente a migração de brasileiros para os Estados Unidos era vista como uma empreitada temporária com o objetivo de juntar dinheiro para investir no Brasil (em moradia ou em um negócio próprio). Na passagem da década de 1980 para a década de 1990, começou a ocorrer o retorno ao Brasil e a volta aos Estados Unidos já com outra percepção do objetivo da imigração, passando os brasileiros a planejar ficar no país de destino tendo em vista a falta de perspectivas de trabalho aqui. Segundo Salles, "vários sinais começam a apontar para essa redefinição da expectativa temporal do grupo imigrante brasileiro: arrefecimento das remessas para o Brasil; investimentos em compra de imóveis nos Estados Unidos; pagamento das taxas e impostos visando a diferentes passos no processo de legalização naquele país; solidificação dos laços familiares lá e planejamento do nascimento de filhos também lá, para fazer jus à legislação norte-americana baseada no jus solis, segundo o qual a nacionalidade norte-americana é automaticamente assegurada aos filhos de seu solo"
Japão
É também da década de 1980 que tem início a migração de brasileiros descendentes de japoneses para o Japão, "para trabalhar como mão-de-obra barata e não qualificada, sendo chamados de dekasseguis"5, que significa trabalhar fora de casa. Em princípio, os brasileiros migravam para fazer trabalhos temporários, com o objetivo de juntar dinheiro e voltar para o Brasil. Em sua maioria, viajam para executar trabalhos de baixa qualificação, chamados pelos japoneses como "3K" — kitanai (sujo), kikem (perigoso) e kitsui (penoso)". Conforme mostra Sasaki, "desde 1990, os brasileiros representam o terceiro maior contingente de nacionalidade estrangeira presente no Japão", perdendo apenas para coreanos e chineses. Diante do crescimento do número de trabalhadores ilegais no país, o governo japonês adotou uma política migratória mais restritiva em 1990 e os ilegais foram sendo substituídos gradualmente pelos descendentes de japoneses provenientes da América do Sul. Portanto, os brasileiros no Japão têm um acesso facilitado aquele país, "dada sua consangüinidade, a possibilidade de exercer atividades no Japão sem restrições, de renovar o visto quantas vezes quiser e de vir a ser um residente permanente" Portanto, diferente da maioria das colônias de brasileiros em outros países, os descendentes de japoneses usufruem da condição de legalidade em sua permanência no Japão.
A partir de meados da década de 1990, "o caráter temporário que se tinha no início do movimento dekassegui passou a ser cada vez menos claro", verificando-se o aumento do tempo de permanência no Japão.
A partir de meados da década de 1990, "o caráter temporário que se tinha no início do movimento dekassegui passou a ser cada vez menos claro", verificando-se o aumento do tempo de permanência no Japão.
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